Entendendo private equity vs. compradores estratégicos

No universo de fusões e aquisições (M&A), é essencial compreender as diferenças entre private equity e compradores estratégicos. Cada um desses perfis adota abordagens distintas, impactando diretamente as negociações e os objetivos dos vendedores.

Neste artigo, exploramos as principais diferenças entre esses dois tipos de compradores e seus impactos no processo de M&A, com insights extraídos da vasta experiência da Borgman Capital no setor.

1. Diferenças Fundamentais entre Compradores Estratégicos e Private Equity

Os compradores no mercado de M&A podem ser classificados em dois grandes grupos: compradores estratégicos e compradores financeiros (private equity). Cada um possui características específicas que afetam sua abordagem nas negociações:

  • Compradores Estratégicos: Geralmente são empresas do mesmo setor que a companhia adquirida. Seu foco está na geração de sinergias operacionais, como eficiência de custos, expansão de mercado ou inovação de produtos. Eles possuem um horizonte de integração de longo prazo e não operam com um prazo fixo para saída do investimento.
  • Private Equity (Compradores Financeiros): Representam fundos de investimento que buscam retornos financeiros a partir da otimização operacional, aumento de receitas e melhoria de margens. A maioria desses investidores planeja um ciclo de saída entre cinco a dez anos, seja através da venda para outro investidor, uma oferta pública de ações (IPO) ou uma nova rodada de financiamento.
  • “Quasi-Estratégicos”: Um grupo intermediário que combina características de ambos, formado por empresas operacionais que contam com o suporte de private equity para expansão. Esse modelo permite unir expertise setorial à disciplina financeira imposta pelos fundos.

2. Desmistificando o Private Equity

Muitos mitos cercam os fundos de private equity, em grande parte devido à exposição midiática de casos negativos. No entanto, a realidade pode ser bem diferente, especialmente no segmento de middle e lower middle market.

Diferentemente dos compradores estratégicos, que frequentemente consolidam operações e buscam eficientizações por meio de sinergias, os fundos de private equity podem preservar a autonomia da empresa adquirida. Muitas vezes, esses investidores atuam como catalisadores de crescimento, injetando capital para expansão, profissionalização da gestão e desenvolvimento de novas estratégias de mercado.

Outro ponto relevante é a abordagem mais flexível dos fundos em relação às operações. Ao contrário das grandes corporações, cujos processos de decisão podem ser lentos devido a aprovações internas e burocracias, os private equity tendem a ser mais ágeis e adaptáveis, permitindo execução rápida e eficiente das transações.

3. O Papel do Private Equity na Nova Geração de M&A

O setor de M&A está sendo impactado pelo que vem sendo chamado de “Grande Transferência de Riqueza”, em referência à transição de ativos das gerações de empresários baby boomers para novos investidores. Essa tendência abre espaço para que private equity desempenhem um papel fundamental na sucessão de empresas familiares e na profissionalização de negócios que buscam se modernizar antes de uma transação.

Dessa forma, proprietários de empresas que avaliam uma venda devem considerar não apenas o valor ofertado, mas também o alinhamento estratégico e a visão de longo prazo de seu futuro comprador. Seja um comprador estratégico ou um fundo de private equity, o ideal é escolher um parceiro que compartilhe os mesmos objetivos e esteja preparado para agregar valor ao negócio de maneira sustentável.

M&A

A escolha entre um comprador estratégico e um private equity é uma decisão crítica para qualquer empresário que busca vender seu negócio. Compreender as diferenças fundamentais entre esses dois perfis é essencial para avaliar o impacto da transação no futuro da empresa e na preservação de seu legado.

A chave para uma decisão bem-sucedida está na realização de um processo estruturado de preparação, considerando todos os fatores relevantes para maximizar o valor da transação e garantir um alinhamento estratégico entre as partes envolvidas.

A Bridge One une expertise em M&A a um profundo conhecimento do setor de tecnologia para viabilizar transações estratégicas, criando valor e impulsionando o crescimento sustentável.

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